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DOEPE 24/07/2018 -Fl. 17 -Poder Executivo -Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Poder Executivo ● 24/07/2018 ● Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Recife, 24 de julho de 2018
NORBERTO FRANCISCO BARROS JÚNIOR – Secretário
Municipal de Educação. (*)
PROCESSO LICITATÓRIO Nº: 140/PMI-SME/2018. CPL.
PREGÃO PRESENCIAL Nº 038/PMI-SME/2018. Serviço.
Contratação de empresas especializadas para locação com
montagem e desmontagem de estruturas de: locação de palcos,
som, cadeiras plásticas, púlpitos, pórtico em grid, tendas, toldos,
disciplinadores, banheiros químicos, produção de imagem aéreas
do tipo Drone, geradores e decoração, para comemorações
de desfiles cívico de 07 de setembro de 2018. VALOR: R$
251.000,00. LOCAL E DATA DA SESSÃO DE ABERTURA:
15/08/2018 às 08h30min, na Rua Coronel João de Souza Leão,
400, 2º andar, Centro, Ipojuca, PE, CEP 55590-000. Edital, anexos
e outras informações podem ser obtidas no mesmo endereço da
sessão de abertura, através do Sítio do Município: www.ipojuca.
pe.gov.br/ Portal da transparência/ Licitação, ou, ainda, através
do e-mail: [email protected], no horário das 08h00min
às 14h00min, de segunda a sexta-feira. Mais informações através
do Fone: (81)3551-1156 ramal 213, Ipojuca-PE, 23/07/2018.
NORBERTO FRANCISCO BARROS JÚNIOR – Secretário
Municipal de Educação. (*)(**)(***)
(F)

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE LAGOA DE
ITAENGA
CHAMAMENTO PARA CREDENCIAMENTO 001/2018
O Fundo Municipal de Saúde de Nazaré da Mata – PE. Torna
publico o edital de chamamento 001/2018. Objeto: credenciamento
de pessoas jurídicas para a prestação de serviços de coleta,
realização e distribuição de exames de Análises Clínicas, para
atender os pacientes da rede Municipal de Saúde deste município,
em conformidade com a Lei Federal n.º. 8.080/90, no que couber
com as normas da Lei n.º. 8.666/93 com as Instruções Normativas
n.ºs 01/05, 02/05 e 03/05. Os prestadores interessados em
participar do credenciamento que trata este Edital, deverão
impreterivelmente encaminhar todos os documentos, na sala da
CPL situada na rua 21 de abril, 01, Centro Lagoa de Itaenga de
segunda a sexta-feira das 08h00mim às 13h00min. Flavia Janaina
Marinho Spinelli – Gestora do FMS.
(103033)

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE LAGOA DE
ITAENGA-PE
PROCESSO LICITATÓRIO Nº. 007/2018
PREGÃO PRESENCIAL SRP Nº. 006/2018
O Fundo Municipal de Saúde de Lagoa de Itaenga-PE comunica a
abertura do Processo Licitatório Nº 007/2018 – Pregão Presencial
SRP Nº 006/2018 – Objeto Natureza: Compra. Objeto Descrição:
Aquisição de 02 (dois) veículos 0km, tipo Pick-up Cabine dupla
4x2 flex, para atender as necessidades do Fundo Municipal
de Saúde de Lagoa de Itaenga em atendimento a proposta do
Ministério da Saúde de Nº 11097-250000/1140-01. Valor Global
estimado: R$ 201.920,00 (duzentos e hum mil novecentos e vinte
reais). Local e Data da Sessão de Abertura: Sala da Comissão
Permanente de Licitações - CPL, localizada à Rua 21 De Abril,
01 - Centro - Lagoa De Itaenga - PE, em 08 de agosto de 2018
às 09:00 horas. Informações adicionais: Edital, anexos e outras
informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].
br no horário de 8:00hs às 13:00hs, de segunda a Sexta-Feira.
Lagoa de Itaenga/PE, 23 de julho de 2018.
BRENO RODRIGUES LIMA
Pregoeiro
(103034)

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMEIRINA
AVISO DE LICITAÇÃO
Processo 12/2018 Pregão Presencial nº 07/2018. Compras.
Objeto: Aquisição de Equipamentos de Informática para
atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde de
Palmeirina-PE. Valor global estimado: R$ 164.791, 32. Sessão:
06/08/2018 às 11hs00min, na sala da CPL. Edital e anexos: à
disposição dos interessados na sala da CPL, localizada na Av.
Desembargador João Paes de Carvalho, 233, Centro, Palmeirina/
PE. Informações: [email protected] (dias úteis das
08 às 13hs). Marcelo Neves – Prefeito.
(103026)

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEREZINHA
AVISO DE LICITAÇÃO
Processo Nº: 021/2018. CPL. Tomada de Preços Nº 005/2018.
Prestação de Serviços. Contratação de empresa especializada
para reforma do Centro Social Urbano Lourival Venâncio Calado
para funcionamento da Secretaria de Educação. Valor: R$
629.201,97. Data e Local da Sessão de Abertura: 08/08/2018
às 10:00h. Prefeitura de Terezinha: Av. Getulio Vargas, s/n
Centro, Terezinha-PE (CEP: 55305-000). Edital, anexos e outras
informações podem ser obtidos no mesmo endereço da sessão de
abertura, ou através do Fone/Fax: 0xx87-3792-1145, no horário
de 8:00h às 13:00h, de segunda a sexta-feira, ou, ainda, através
de solicitação por e-mail: [email protected]. Terezinha, 23
de julho de 2018. Marcio Roberto Correia da Silva - Presidente
da CPL.
PREFEITURA MUNICIPAL DE TEREZINHA
AVISO DE LICITAÇÃO
Processo Nº: 022/2018. CPL. Leilão 02/2018. Alienação.
Alienação de Bens Móveis inservíveis para a administração
municipal. Valor: R$ 80.000,00. Data e Local da Sessão de
Abertura: 10/08/2018 às 09:00h. Prefeitura de Terezinha: Av.
Getulio Vargas, s/n Centro, Terezinha-PE (CEP: 55305-000). Os
bens estarão à disposição para visitação a partir do dia 25/07/208
na garagem municipal. Edital, anexos e outras informações podem
ser obtidos no mesmo endereço da sessão de abertura, ou através
do Fone/Fax: 0xx87-3792-1145, no horário de 8:00h às 13:00h,
de segunda a sexta-feira, ou, ainda, através de solicitação por
e-mail: [email protected]. Terezinha, 23 de julho de 2018.
Marcos Phylipe Regis Silva - Leiloeiro Oficial
(103038)

PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBAÚBA
AVISO DE EDITAL
PL – 035/2018 – TOMADA DE PREÇOS N.º 003/2018 – Tipo
TÉCNICA E PREÇO - OBJETO Nat:. Serviços de engenharia.
OBJETO Descr: – Contratação de empresa de consultoria para
elaboração de estudos e projetos de engenharia, arquitetura,

Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
paisagismo e urbanismo para serem implantados neste município.
Valor Máximo Aceitável – R$ 833.051,69. Data de abertura:
09/08/2018 às 09:00h. O edital e seus anexos podem ser
adquiridos na sala da CPL, Rua Dr. Alcebíades, 276, Centro,
Timbaúba/PE, das 07h às 13h. Informações pelo fone 3631-0089;
e-mail: [email protected] Timbaúba,PE 24 de Julho de
2018. Presidente da CPL.
(103032)

Publicações Particulares
MARIM ADMINISTRAÇÃO,
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A
CNPJ: 08.263.576/0001-53
Balanços Patrimoniais 2015 e 2016 em milhares de reais
Ativo circulante
2015
2016
Caixa
510
140
Outros Créditos
1.759
2.098
2.269
2.238
Não circulante
Imobilizado
1.368
1.266
1.368
1.266
Total do Ativo
3.637
3.504
Passivo circulante
2015
2016
Tributos a pagar
156
161
Outras contas a pagar
399
200
555
361
Não circulante
Patrimônio liquido
Capital social
3.090
3.090
Ajustes de avaliação patrimonial
53
Prejuízos Acumulados
(8)
Total do passivo
3.637
3.504
DRE 2015 e 2016 em milhares de reais
Receita operacional bruta
2015
2016
Mercado Interno
330
240
Impostos e contribuições
(30)
(8)
Receita operacional líquida
300
232
Lucro bruto
300
232
Receitas (despesas) operacionais
Administrativas
(307)
(154)
Financeiras, Líquidas
(9)
(15)
(316)
(169)
Lucro/prejuízo do exercício
(16)
61
Número de ações
3.090
3.090
Lucro por ações
(0,517799)
1,974110
Demonstração Lucro ou Prejuízos acumulados
Saldo 31/12/2015
-8
Distribuição de lucros 2016
0
Lucro/Prejuízo 2016
61
Saldo 31/12/2016
53
Notas explicativas dos exercícios 2015/2016- 1- Contexto
operacionalA
empresa
Marim
Administração,
Empreendimentos e Participações S/A com sede na Rua Fábio
de Barros nº 62, sala 001 – Edifício Centro de Serviços Madalena
– Ilha do Retiro – Recife, Estado de Pernambuco. Transformada
em sociedade anônima de capital fechado em 25 de agosto de
2008, permanecendo atualmente no mesmo endereço. 2Apresentação das Demonstrações Financeiras- Na elaboração
das demonstrações financeiras a empresa adotou a legislação
societária introduzidas pela Lei nº 11.638. 3- Resumo das
principais práticas contábeis- A empresa optou por elaborar
balanço patrimonial de acordo com a legislação societária
modificada pela Lei 11.638/07 e pela Lei 11.941/09. As
modificações introduzidas pela referida legislação caracterizam-se
como mudança de prática contábil, conforme facultado pelo
pronunciamento técnico CPF 13. 4- Resultado- os resultados das
operações foram apurados em conformidade com o regime
contábil de competência, todavia para apuração dos impostos a
empresa optou pela forma de tributação do lucro presumido.
Elaborando as demonstrações de acordo com o plano de contas
referencial do SPED contábil e apresentação da ECDEscrituração Contábil Digital e ECF- Escrituração Contábil Fiscal.
5- Depreciações da empresa- Foram calculadas e contabilizadas
atendendo a legislação societária Lei nº 6.404/76. Diretoria:
Carlos Eduardo Salazar Maçães, José Roberto Salazar Maçães,
Ivano viana de Melo. Conselho de administração: Roberto
Eugênio Maçães Neto, Juliana Alves de Paula Maçães, Bruno de
Oliveira Maçães, Luiz Alberto Tavares Viana de Melo, Rafael
Brederode Maçães. Recife, 31 de dezembro de 2017. José
Roberto Salazar Maçães- CPF: 022.106.304-87. Contador:
Gilmar Severino de Moura- CPF: 389.498.224-15/CRC-PE
12.891/O1.
(103035)

SIGMA CREDIT SECURITIZADORA S.A.
C.N.P.J. Nº. 23.360.870/0001-77
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam convocados os senhores acionistas da SIGMA CREDIT
SECURITIZADORA S/A, para reunirem-se em Assembleia Geral
Extraordinária, no dia 27 de Julho de 2018, às 09:00h (nove) horas
e Assembleia Geral Ordinária, às 09:30h (nove e trinta) horas,
na sede social à Rua Padre Carapuceiro, nº 968, Sala 403, Em
Recife, Estado de Pernambuco, a fim de tratar dos seguintes
assuntos: a) Deliberar sobre a eleição de dois novos diretores
para a Companhia; b) Examinar as contas dos administradores e
deliberar sobre aprovação de contas e demonstrações financeiras
dos exercícios de 2015, 2016 e 2017; c) autorizar a diretoria a
fazer a 2ª emissão de debêntures. Informa que estão à disposição
dos senhores acionistas na sede da Companhia os documentos do
art. 133 da Lei das S/A. Recife/PE, 19 de Julho de 2018. BRUNO
CESCHIN, ACÁCIO ROBERTO ALVARENGA – DIRETORES.
(102986)

USINA MASSAUASSÚ S/A
Inscrita no CNPJ nº 10.204.733/0001-00, CONVOCAÇÃO – AGE.
Ficam convidados os srs. Acionistas a se reunirem em Assembleia
Geral Extraordinária no dia 01 de Agosto de 2018, às 08:00hs na
atual sede social situada no ENGENHO MASSAUASSÚ – Zona
Rural – Município de Escada-PE, a fim de deliberarem sobre a
seguinte ordem do dia: a) eleições de diretoria para novo mandato;
b) Outros assuntos corcenente e correlatos aos interesses da
sociedade. Escada 20 de Julho de 2018. Alexandre Carneiro da
Cunha Obino.
(103024)

Ano XCV • NÀ 134 - 17

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO – FUNAI
DESPACHO Nº 03/PRES, DE 20 DE ABRIL DE 2017
O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO – FUNAI, em conformidade com o § 7º do art. 2º do Decreto 1775/96, tendo em
vista o Processo nº 08620.001091/2000-13, e considerando o Resumo do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação de
autoria da antropóloga Daniela Batista de Lima, que acolhe, face às razões e justificativas apresentadas, decide:
Em atendimento à Sentença proferida na Ação Civil Pública nº 0000232-02.2013.4.058303, em trâmite na Justiça Federal em
Pernambuco, aprovar as conclusões objeto do citado resumo para, afinal, reconhecer os estudos de identificação e delimitação da Terra
Indígena Pipipã, com superfície aproximada de 63.322 hectares e perímetro aproximado de 136 quilômetros, de ocupação tradicional do
povo indígena Pipipã, localizada nos municípios de Floresta, Inajá, Tacaratu e Petrolândia, Estado de Pernambuco.
ANTONIO FERNANDES TONINHO COSTA
RESUMO DO RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO DE IDENTIFICAÇÃO E DELIMITAÇÃO DA TERRA INDÍGENA PIPIPÃ (PE)
Referência: Processo FUNAI nº 08620.001091/2000-13. Denominação: Terra Indígena Pipipã. Superfície aproximada: 63.322 hectares.
Perímetro aproximado: 136 quilômetros. Localização: Municípios de Floresta, Inajá, Tacaratu e Petrolândia. Estado: Pernambuco. Povo
Indígena: Pipipã. População: 1.378 pessoas (Funai, 2012). Grupo Técnico constituído pela Portaria nº 1404, de 30 de outubro de 2013,
coordenado pela antropóloga Daniela Batista de Lima, em continuidade à Portaria nº. 1391, de 28 de novembro de 2005.
I-DADOS GERAIS:
A TI Pipipã está localizada no sertão do Estado de Pernambuco, no bioma caatinga, nos Municípios de Floresta, Inajá, Tacaratu e
Petrolândia. O levantamento populacional realizado pela Coordenação Técnica Local de Ibimirim (CTL/Funai), que considerou todas
as aldeias Pipipã e também as famílias Pipipã residentes no Assentamento Serra Negra, calcula a população total, em 2012, com
1.378 pessoas. Os Pipipã integravam, juntamente com outros povos aparentados que habitavam a Serra Negra, Xocó, Voué e Umão,
a denominação genérica de “Índios da Serra Negra”. O Frei Vital de Frescarolo, responsável pelo aldeamento dos Pipipã, em 1802,
na região do Jacaré, classifica-os como uma das quatro “remanescentes nações bárbaras do sertão”. Os Pipipã eram designados
genericamente pelos colonizadores e diversos autores como “Tapuia”, denominação atribuída aos grupos indígenas do sertão. As
pesquisas linguísticas existentes sobre grupos indígenas na região do sertão pernambucano não apresentam informações conclusivas
sobre a filiação linguística dos Pipipã. O mapa etno-histórico adaptado do mapa de Curt Nimuendaju (1944) situa os povos Pipipã, Xocó,
Voué e Umão na região do Vale do Moxotó e Pajeú (PE), onde se encontra a Serra Negra, local de ocupação tradicional dos Pipipã. Os
conflitos entre os Pipipã e fazendeiros na Serra Negra, sobretudo na segunda metade do século XVIII, estiveram relacionados, em grande
medida, à intenção dos colonizadores de implementar e expandir a economia pastoril na região da serra – cujo regime de pecuária
extensiva suscita, até os dias atuais, impactos ambientais significativos na vegetação da caatinga. Os povos indígenas, em contrapartida,
resistiam intensamente ao processo colonizador, conforme atestam registros históricos, como o datado de 1759, que descreve a morte
de dois capitães, além de vários feridos em ataque empreendido, possivelmente, pelos “índios de corso” ou dispersos, na região do Vale
do Moxotó. Dos povos indígenas que habitavam a Serra Negra, os Pipipã eram considerados os mais numerosos e aguerridos. Os Pipipã
sofreram ofensivas em 1759, ordenadas pelo então governador da Capitania de Pernambuco, Luiz Lobo da Silva. Em consequência da
atitude de resiliência indígena, novos ataques foram empreendidos com a colaboração de moradores locais em 1770. Tendo em vista
as reiteradas e malsucedidas tentativas de esbulho territorial contra os indígenas da região da Serra Negra, anos mais tarde, em 1802,
o Frei Vital de Frescarolo foi acionado pelo governo da Província para iniciar o processo de “pacificação” e catequização dos Pipipã e
Xocós por meio, dentre outras ações, da seleção de área e construção de aldeamento. A localidade Jacaré, ao norte da TI Pipipã, onde
esteve situado o aldeamento organizado pelo Frei Vital de Frescarolo, em 1801, com intuito de conter a violência contra os indígenas
por parte dos fazendeiros, abrangeu mais de 100 Pipipã, além de Umão e Xocós - este é o único local no interior da TI Pipipã que
contém cabaças, matéria-prima necessária para confecção dos maracás, empregados na realização dos rituais tradicionais. A descrição
do referido capuchinho italiano, concernente ao aldeamento dos Pipipã, encontra-se em documento intitulado “Redução dos índios
arredios de Serra Negra”, datado de 1883, e destaca-se como um dos registros mais importantes do século XIX a respeito do povo. Um
dos episódios mais memoráveis para os Pipipã, relativo à ocupação da Serra Negra por parte dos não índios, é aquele envolvendo a
morte de uma importante liderança Pipipã, denominada João Cabeça de Pena (João Fortunato Viana), primo de Joaquim Rozeno dos
Santos, pai do atual pajé Expedito Rozeno. Com intuito de esbulhar os Pipipã e ocupar definitivamente a Serra Negra, não indígenas
expulsaram violentamente famílias indígenas do local no final dos anos de 1930, e João Cabeça de Pena, que, à época, era o principal
líder do grupo, foi preso e morreu, segundo os índios, em decorrência de maus-tratos e espancamento sofridos na prisão. Após esse
episódio, algumas famílias dispersaram-se para regiões mais distantes da Serra Negra – em locais habitados por outros povos indígenas,
como é o caso do Brejo dos Padres, ocupado pelos Pankararu –, apesar de muitos terem permanecido no local hoje denominado de
Baixa da Alexandra, no interior da atual TI Kambiwá. As referidas famílias, na década de 1950, iniciam o movimento de retorno ao seu
território tradicional na Serra Negra. O etnônimo Pipipã esteve associado, por determinado período histórico, aos Kambiwá, sobretudo
no processo de reconhecimento oficial destes últimos por parte do órgão indigenista, a partir da década de 1960. É fato que os Pipipã
mantêm até hoje vínculos culturais, territoriais e econômicos com os Kambiwá. Outrossim, o etnônimo “Pipipã de Kambixuru” foi revelado
após o processo de cisão entre ambos os grupos, em 1997, ensejando a reivindicação dos Pipipã pelo reconhecimento oficial da terra
que tradicionalmente ocupam.
II – HABITAÇÃO PERMANENTE:
A Terra Indígena Pipipã é composta por nove aldeias denominadas: Alfredo, Barra do Juá, Caraíbas, Capoeira do Barro, Caldeirão
do Periquito, Faveleira, Travessão do Ouro, Jiquiri e Pedra Tinideira. Além das aldeias, há ocupações esparsas, tais como aquelas
localizadas nas proximidades da aldeia Barra do Juá, na porção norte da área identificada, cognominadas Tatu, Pipipã, Rancho dos
Homens e Cágado. Em que pese o fato de cinco das nove aldeias Pipipã estarem localizadas quase que integralmente no interior da
TI Kambiwá, contígua à TI Pipipã, as referências históricas e a ocupação do território por parte dos Pipipã ocorrem em toda a extensão
dos limites ora identificados, notadamente nos locais e nas adjacências da Serra Negra, Serra dos Pipipã, Serrote do Defunto, Serra
Comprida, Serrote do Cavalo, Serrote do Tamanduá, Jacaré, Serrote do Milho e Serrote do Cabeço Alto. Esses sítios são imprescindíveis
para a realização das atividades produtivas – caça, pesca, coleta e plantação de roças – e para consecução das práticas ritualísticas dos
Pipipã. Nos serrotes, que constituem áreas potenciais para caça, se fazem os “limpos”, locais de estada temporária para realização dos
rituais. Entretanto, o acesso dos Pipipã a alguns desses sítios é restringido pela existência das fazendas. A região do Vale do Moxotó e
Pajeú, onde está situada a Serra Negra, é palco de disputas territoriais desde o século XVIII, mas os Pipipã conseguiram resistir na região
e mantém até hoje um vínculo indissolúvel com seu território tradicional. De fato, todas as aldeias Pipipã estão situadas no entorno da
Serra Negra. A aldeia mais distante da Serra Negra é a Barra do Juá, na porção norte da terra indígena, que se encontra nas proximidades
da Serra dos Pipipã, referência memorável dos antepassados e importante elemento de paisagem. As casas dos Pipipã geralmente
são feitas de alvenaria, pau-a-pique, madeira e barro, e frequentemente não possuem saneamento básico. A água é transportada em
latas e tambores, e as residências em geral não possuem filtros, embora a maioria possua cisternas construídas a partir de programas
assistenciais do governo federal. As residências que possuem sanitários são aquelas construídas pela Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai) como compensação pelo Canal de Transposição do rio São Francisco (Eixo Leste), que corta ao meio a TI Pipipã. Das
nove aldeias que compõem a TI Pipipã, apenas três não possuem escolas: aldeia Alfredo, cujos alunos frequentam escola em Juazeiro do
Candido (zona rural do município de Inajá); aldeia Jiquiri, cujos alunos frequentam a escola da aldeia Faveleira; e Caldeirão do Periquito,
cujos alunos frequentam a escola da aldeia Travessão do Ouro. A maioria das escolas é estadualizada e adota o currículo da educação
diferenciada. O atendimento básico à saúde é realizado pelo Polo Base de Floresta, vinculado ao Distrito Sanitário Especial Indígena de
Pernambuco/Secretaria de Saúde Indígena. Cada uma das aldeias possui um agente indígena de saúde – AIS, cujas atividades estão
vinculadas aos postos de saúde da TI Pipipã, localizados nas aldeias Travessão do Ouro e Faveleira. Os Pipipã mantiveram uma aldeia
na Serra Negra, até o ano 2000, quando da imposição de restrições por parte do Ibama referentes à plantação de roças no topo da serra.
A partir desse período, a aldeia foi extinta, e as famílias transferiram-se para outras comunidades já existentes ou fundaram novas aldeias
no entorno da Serra Negra. A Serra dos Pipipã é uma referência geográfica fundamental para o povo, por ter sido – e continuar sendo –
local de habitação permanente, de antigos terreiros onde se dançava o toré, de incursões de caça e coleta e por abrigar um olho d’água.
III – ATIVIDADES PRODUTIVAS:
As principais atividades produtivas praticadas pelos Pipipã são: i) coleta vegetal, voltada a diferentes finalidades (alimentação, confecção
de artesanato e outros utensílios empregados no cotidiano e no contexto dos rituais, uso medicinal, higiene pessoal, técnicas de caça,
alimentação dos animais de criação e construção de casas); ii) coleta animal; iii) caça; iv) pesca; v) agricultura, que compreende o
cultivo de roças e quintais; e vi) criação de animais, que inclui caprinos, ovinos, bovinos, aves e suínos. A coleta animal é caraterizada
pela coleta de abelhas e vespas, fins alimentícios e medicinas. A caça é praticada em todas as aldeias. Geralmente são os idosos que
detêm o conhecimento refinado – repassado aos mais jovens – a respeito das técnicas e estratégias de caça das diversas espécies de
animais existentes na caatinga. Para os acampamentos de caça, os caçadores se deslocam em grupo para um local pródigo em caça,
notadamente o Serrote do Defunto, Serra Comprida, Serrote do Cavalo, Serrote do Cabeço Alto e Serrote dos Brabos, muitas vezes em
busca de animais específicos, como veados, caititus ou siriemas. Os índios constroem os acampamentos no período de menor incidência
de chuvas, nos meses de agosto a dezembro. A caça com peteca é praticada para a captura de aves e pequenos roedores, como os
preás. Os caçadores caminham pela caatinga em busca de avoantes, nambus e rolinhas-caldo-de-feijão. A caça é praticada ao longo de
todo o ano, no entorno das residências, próximo às roças ou na caatinga. A pesca é realizada em canoas, com anzóis e tarrafas, e pode
ser praticada individualmente ou em grupo. Constitui atividade voltada para o consumo interno e para comercialização, especialmente no
açude da Barra do Juá, pelos moradores da aldeia homônima, localizada ao norte da TI Pipipã. O riacho do Navio e riacho da Vassoura,
ao norte da terra indígena, também são locais propícios e frequentados pelos Pipipã para atividade pesqueira. Geralmente, as espécies
comercializadas são a piranha e o curimatá. A atividade pesqueira é realizada em conformidade com o calendário determinado pelo
Ibama, que estabelece épocas de piracema para algumas espécies. Nesses períodos, a pesca é permitida somente para consumo. A
agricultura praticada entre os Pipipã é a de coivara, na qual se utiliza o fogo para o plantio das roças. Algumas roças estão localizadas
próximas às residências, estendendo-se, em alguns casos, a partir dos quintais; outras são plantadas em locais mais afastados. A maior
parte das roças, contudo, encontra-se na base da Serra Negra e na Serra do Periquito (TI Kambiwá). Por vezes, os indígenas constroem
uma segunda residência, onde passam a viver na época da broca/queima/plantio e no período da colheita, prática comum, especialmente
para os moradores das aldeias Faveleira e Caraíbas. A primeira etapa do plantio de roça é a limpeza do terreno, realizada nos meses
de agosto e setembro, por meio do corte da vegetação denominada “broca da roça”. Uma vez que a vegetação esteja seca, realiza-se
a “queima”, geralmente no mês de outubro. Esta atividade provê nutrientes ao solo, tornando-o mais limpo e mais apto para o plantio,
além de facilitar as capinas posteriores. Quando necessário, deve ser feito o destocamento, que consiste na retirada dos tocos maiores
da área de plantio. O plantio em geral é realizado de janeiro a fevereiro. As espécies preferencialmente plantadas são milho, abóbora,

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