Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano XCVI • N0 75
Poder Executivo
Recife, terça-feira, 23 de abril de 2019
INFLUENZA
Vacinação aberta para mais de
2,6 milhões de pernambucanos
FOTO: DIVULGAÇÃO /SES
Pessoas com comorbidades devem apresentar
prescrição médica no ato da imunização.
A
partir desta segunda-feira (22), mais
de 2,6 milhões de
pernambucanos
poderão
ser imunizados contra a influenza. A Campanha Nacional de Vacinação, iniciada no último dia 10 de abril,
priorizou,
inicialmente,
crianças (59,8 mil vacinadas
– 7,96%) e gestantes (13,6
mil vacinadas – 13,88%),
que também poderão comparecer aos postos de saúde
durante todo o período da
ação, que segue até 31 de
maio, sendo 4 de maio o
Dia D de mobilização.
A campanha de vacinação é voltada para crianças
entre 6 meses e 5 anos, 11
meses e 29 dias; gestantes,
idosos (60 anos ou mais),
puérperas (até 45 dias
após o parto), trabalhadores da saúde, professores
das escolas públicas e privadas e povos indígenas.
A imunização, que protege contra as influenzas
A(H1N1), A(H3N2) e B,
ainda contempla portadores de doenças crônicas
não transmissíveis e outras
condições clínicas especiais, que devem apresentar
prescrição médica no ato da
imunização, de acordo com
recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21
anos de idade sob medidas
socioeducativas, população privada de liberdade e
os funcionários do sistema
prisional. Além disso, o MS
orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e
membros ativos das Forças
Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação,
assim como os professores
e profissionais de saúde.
Em caso de alergia ao
ovo (pessoas que após ingestão apresentaram apenas
urticária), não há contraindicação, mas, em quadros
clínicos específicos, como
alergia grave, é importante
que a imunização seja feita em ambiente adequado
(local com urgência e emergência) e com supervisão de
profissional de saúde que
possa reconhecer e prestar
atendimento surgindo uma
condição alérgica.
CASOS – De acordo com a
Secretaria Estadual de Saúde (SES), dos 671 registros
de síndrome respiratória
aguda grave (Srag) até o
dia 16/3, 594 (88,5%) foram em meninos e meninas
menores de 6 anos. Já dos 7
casos confirmados laboratorialmente para influenza
B, todos foram em crianças
menores de 5 anos. Os dados reforçam a importância
da vacinação contra a influenza das crianças entre 6
meses e 5 anos, 11 meses e
29 dias, além das gestantes.
Esse público totaliza mais
de 850 mil pessoas.
COQUELUCHE – Durante a Campanha contra
a Influenza, a população
também poderá atualizar
a caderneta de vacinação
com doses de outros imu-
nizantes que estejam faltando. No caso das crianças e
gestantes, o Programa Estadual de Imunização reforça
a importância das vacinas
contra a coqueluche. Além
dessas, também devem ser
imunizados contra coqueluche profissionais de saúde
que atuem em unidades de
internação neonatal (UTI/
UCI convencional e UCI
Canguru) e outras áreas de
assistência a recém-nascidos e crianças menores de
um ano.
Até o dia 30/3, Pernambuco notificou 271 suspeitas de coqueluche, confirmando 121 casos. Das
confirmações, 102 (84%)
foram em meninos e meninas menores de 5 anos,
público contemplado pela
vacina. Quando comparados os dados com 2018,
percebe-se um aumento de
266% nas notificações (74
em 2018) e de 317% nas
confirmações. “A cada quatro ou cinco anos é comum
ter um aumento nos casos
da doença. Mesmo assim,
precisamos ficar atentos
para atualizar a caderneta
de vacinação das gestantes,
crianças e profissionais de
saúde que atuem com recém-nascidos e meninos e
meninas menores de 1 ano,
objetivando evitar novos
casos. Já os serviços de
saúde precisam notificar os
casos suspeitos e seguir o
tratamento correto dos enfermos, para evitar casos
graves”, pontua o diretor
geral de Controle de Doen-
CAMPANHA, que vai até
31 de maio, objetiva
imunizar 2,6 milhões
de pernambucanos,
entre crianças, gestantes,
idosos e adultos
de grupos especiais
ças Transmissíveis da SES,
George Dimech.
“As mães precisam se
vacinar a partir da 20a semana de gestação para poder passar imunidade para
o seu bebê para coqueluche,
tétano e difteria. Já para as
crianças, o esquema vacinal
é feito com três doses, com
intervalo de 60 dias entre
elas, a partir do segundo
mês de vida. Ainda é preciso
fazer dois reforços: aos 15
meses e aos 4 anos”, explica
a coordenadora do Programa Estadual de Imunização,
Ana Catarina de Melo.
CERTIFICADO DIGITALMENTE