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TJSP 10/04/2014 -Fl. 1736 -Caderno 4 - Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte III -Tribunal de Justiça de São Paulo

Caderno 4 - Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte III ● 10/04/2014 ● Tribunal de Justiça de São Paulo

Disponibilização: quinta-feira, 10 de abril de 2014

Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte III

São Paulo, Ano VII - Edição 1630

1736

fossem tirar um racha, nem começaram a brincar com o carro, acelerando-o, como se fossem começar a tirar uma corrida. Salvo
engano, segundo Bruno, os dois amigos de Tariman nem estavam no interior do Chevette. Seguindo, ele contou que assim que
deixaram a mãe de Thaís na casa dela resolveram seguir para a casa de Tariman, mas coincidentemente acabaram encontrando
novamente os amigos de Tariman que estavam no Chevette. “O sujeito que estava no Chevette branco deu um sinal para que
Tariman parasse e assim ele o fez. De dentor dos carros o sujeito do Chevette começou a dizer que estava indo para Mailasqui
também e queria ver quem chegaria primeiro. Tariman não aceitou o desafio. Ele foi provocado de novo a correr com o carro,
mas disse que não o faria. Apesar disso, Tariman saiu andando com o carro em um velocidade normal e o Chevette veio atrás
com velocidade rápida, como que provocado Tariman a acelerar seu veículo também. Ele emparelhou com o carro de Tariman e
Tariman começou a correr. Depois disso, um estimulando o outro” embora não tenha havido corrida, como salientou a testemunha
“estavam correndo emparelhados e para fugir do raxa Tariman disse que não queria participar de um raxa e acelerou ainda mais
seu veículo. Como o Renault é melhor do que o Chevette ele acabou se desvencilhando do Chevette”. Segundo ele, talvez
tenha sido nesse momento em que os carros ficaram emparelhados que Laís postou no twitter que estavam tirando um racha.
Algum tempo depois de chegarem na casa de Tariman os amigos dele que estavam no Chevette ligando para pedir ajuda porque
o carro deles tinha ficado sem combustível, por isso foram até onde eles estavam. Voltaram para a casa de Tariman para pedir
ajuda aos vizinhos e um deles se prontificou a ir comprar combustível com uma moto. Retornaram com os dois amigos de
Tariman para o local em que ficou o Chevette que eles usavam e foram embora sem saber se o rapaz da moto comprou ou não
o combustível. Decidiram ir comer cachorro quente da Wanda e “no caminho uma Saveiro ultrapassou o Renault pelo
acostamento, ou seja, pela direita, e foi embora. Logo depois apareceu um veículo Chevette e bateu na traseira do Renault.
Depois não sabe se Tariman desmaiou ou o que houve com ele, mas ele não reagiu. Por conta disso a Thaís puxou o volante e
o carro rodou”. Tariman foi o segundo a depor em juízo, com uma versão bem distinta da de Bruno, embora ambos estivessem
no mesmo carro. Ele relatou que pegou o carro e encontrou Bruno em Mailasqui por volta das seis e meia, seguindo depois para
pegar as meninas. Voltaram para Mailasqui e ficaram conversando no carro até que Thaís mencionou que teria que encontrar a
mãe em uma igreja em São João Novo, quando então rumaram para lá. Chegaram ao local por volta das nove e meia e
permaneceram no carro enquanto Thaís saiu dele para encontrar a mãe na igreja. Thaís voltou para o carro e o amigo de
Tariman de nome Felipe passou com um Chevette branco. Bruno Lozano estava no carro com ele e ambos convidaram-no para
comerem pizza, o que não foi aceito por ele. Na sequência ele falou que queria tirar um racha. Acerca disso, disse Tariman que
nada falou, sendo que eles saíram com o carro na direção da pizzaria. “O máximo que ele fez foi acelerar o carro para fazer
barulho. O depoente não fez isso. Nem era possível tirar um raxa no local porque havia muitas lombadas e o carro de Felipe era
velho”. Depois disso disse Tariman que eles seguiram em um sentido e o Chevette para outro, sendo que “com certeza não tirou
raxa em nenhum momento”. Foram até a casa dele, mas nem bem chegaram Felipe ligou dizendo que tinha acabado o
combustível de seu veículo e então retornaram para o local em que estavam Felipe e Bruno. Um rapaz de moto se prontificou a
ajuda-los e foi comprar combustível. Aguardaram a chegada dele e então deixaram o local com destino ao local de venda do
cachorro quente da Wanda. “Seguia normalmente pela estrada quando Bruno falou para o depoente ‘se ligar’ nos carros que
vinham atrás dele em razão da velocidade. Os dois estavam muito rápido (sic). Um deles passou rapidamente pela esquerda do
depoente e outro tentou passar pelo acostamento pelo lado direito, mas acabou acertando a parte traseira do veículo do
depoente. Por conta disso o veículo do depoente rodou. Depois foi perceber que o veículo que se chocou com o do depoente
era um Chevette”. Como se pode verificar dos dois depoimentos resumidos acima, foram várias as divergências entre eles, mas
duas delas são gritantes. A primeira diz respeito a uma corrida que somente foi lembrada por Bruno, não por Tariman. Bruno
mencionou que os quatro encontraram com os dois amigos de Tariman após saírem da casa da mãe de Thaís e então Tariman
foi desafiado a tirar um racha com eles, que estavam no Chevette de cor branca, sendo que embora ele tenha se negado a fazer
isso por duas vezes, ele acabou correndo com o carro juntamente com o Chevette, os quais acabaram ficando emparelhados
em determinado momento. Para evitar de se envolver no racha, entretanto como se dois carros correndo emparelhados em um
estrada, um estimulando o outro a correr, já não fosse um racha... Tariman acelerou ainda mais o seu carro e conseguiu se
desvencilhar do Chevette. Tariman, por seu turno, disse expressamente que isso não ocorreu. O que ocorreu, para ele, foi que
os seus dois amigos do Chevette o encontraram parado com o Renault Sandero na porta da igreja em que estava a mãe de
Thaís e então o desafiaram a tirar um racha, mas apenas de brincadeira, pelo que se pode compreender pela descrição dele. O
motorista do Chevette apenas acelerou o carro, dando a entender que queria tirar uma corrida, mas nem esperou que Tariman
se manifestasse e já deixou o local. A segunda divergência gritante entre os dois depoimentos supracitados está no momento
em que ocorreu o acidente. Para Bruno simplesmente vieram dois veículos correndo, uma VW Saveiro e um GM Chevette. A
Saveiro ultrapassou o veículo Renault Sandero guiado por Tariman pela direita e o Chevette tentou ultrapassá-lo, mas acabou
se chocando contra a parte traseira do Renault, o que ocasionou o acidente. Para Tariman, de outro lado, ele estava guiando
normalmente seu veículo Renault Sandero quando Bruno o avisou que dois veículos vinham em alta velocidade. O primeiro
carro, cujo modelo nem foi por ele mencionado, o ultrapassou pelo lado esquerdo não o direito, como disse Bruno. O outro, que
tentou ultrapassá-lo pelo lado direito, ou seja, pelo acostamento, acabou se chocando contra a parte traseira do seu veículo
Renault Sandero, ocasionando o acidente. Essas duas divergências e outras quatro mais foram objeto de acareação feita entre
Tariman e Bruno, como se pode verificar as fls.144/145, mas eles simplesmente mantiveram os seus respectivos depoimentos.
Em juízo a testemunha Thaís foi a terceira e prestar depoimento, e depois do que foi visto acima, não é de se surpreender que
ela tenha dado uma terceira versão sobre os fatos ocorridos no dia do acidente. Ela contou que Tariman foi busca-la em casa e
depois disso é que foram pegar Bruno. Voltaram para a casa de Tariman e depois saíram para pegar Laís. Seguiram para a
igreja em que estava sua mãe e a levaram até a casa de sua avó. Não parou nenhum Chevette branco ao lado do carro de
Tariman e nem houve menção de tirarem racha nesse momento, segundo Thaís. A propósito disso, ela salientou que havia um
Chevette parado um pouco antes da igreja com duas pessoas, sendo que quando passaram por esse veículo Tariman parou
apenas para cumprimenta-los. Depois de deixarem a mãe dela na casa da avó Thaís disse que voltaram para a estrada de
Mailasqui e então coincidentemente encontraram novamente o Chevette branco. Felipe guiava o veículo e parou na frente do
veículo Renault de Tariman para conversarem. Ele desafiou Tariman para tirarem um racha, mas ele negou. Ambos os veículos
seguiram pela mesma estrada, sendo que Felipe ficava acelerando e diminuindo a velocidade do carro, bem como balançando-o.
Tariman, por seu turno, não correu com o carro. Questionada sobre a versão de Bruno de que os carros aceleraram e até
emparelharam, momento em que Tariman acelerou mais e se desvencilhou do Chevette, Thaís disse que não a reconhecia como
verdadeira. A testemunha contou também que depois disso o veículo Chevette parou e então Tariman fez o mesmo com seu
veículo, despediram-se e cada um seguiu para um lado. Os quatro foram para a casa de Tariman, mas antes que chegassem de
fato ao local os amigos do Chevette ligaram pedindo ajuda porque tinha acabado o combustível do carro deles. Os quatro
voltaram para o local em que estava o Chevette e viu que Tariman pediu a um amigo que fosse comprar combustível com a
moto. Antes mesmo que esse amigo da moto voltasse ela disse que os quatro deixaram o local, passaram na casa dela e depois
seguiram em direção ao local em que a Wanda vende cachorro quente. Depois disso, segundo ela, não se lembra mais de nada.
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º

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