TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6967/2020 - Quinta-feira, 13 de Agosto de 2020
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denunciado, relatou que é casada com CAIQUE com quem tem dois filhos, um deles com três anos; que
tem certeza que seu marido não praticou os fatos pelos quais está sendo acusado; que CAIQUE é
trabalhador, respeitoso e da igreja quadrangular, onde toca no altar e também faz pregações; que no dia
dos fatos foi buscar a S.S.D.L na escola; que nesse dia S.S.D.L estava brincando com seu filho Enzo; que
S.S.D.L e Enzo brincavam de bicicleta quando S.S.D.L caiu de perninhas abertas no quadro da bicicleta;
que S.S.D.L não reclamou de dor; que S.S.D.L foi almoçar com a mãe e retornou; que mais tarde Nubiane
queria conversar com ela; que sua mãe ligou para a declarante informando que Nubiane tinha levado a
S.S.D.L até lá e dito que Caique tinha violentado S.S.D.L; que a mãe da declarante olhou e viu um
pequeno machucado na criança; que Caique não se abalou pois disse que era inocente; que depois a
polícia chegou com Nubiane e Caique foi conduzido à DEPOL; que após uma briga das crianças Caique
pegou os dois pelos bracinhos e chamou a atenção dos dois (Enzo e S.S.D.L); que Caique convivia pouco
com S.S.D.L; que Caique nunca ficava sozinho com a infante e que nesse dia não ficaram a sós; que a
casa é bem pequena e a todo tempo estava lá cuidando das crianças. Que Nubiane trazia a criança de
volta do almoço por volta das 13h, e nesse horário CAIQUE não costumava estar em casa. Que no
momento da queda de bicicleta Caique e a depoente estavam em casa; que há muito tempo cuida de
crianças e cuidava também de outras crianças, mas nesse dia só cuidava de S.S.D.L; que Nubiane
sempre levava a criança para a academia; que não sabe como é o espaço na academia; que no momento
em que chegou na casa de sua mãe Nubiane não estava mais presente; que Nubiane estava presente no
momento da prisão de Caique; Que quando soube da acusação Caique ficou espantado e indignado com
a acusação; que quando Nubiane chegou com a polícia ela estava dentro de casa e não viu se Nubiane
disse algo a Caique; que após a prisão de Caique soube que Nubiane estaria ¿dando em cima de Caique¿
e essa era a razão da acusação de Nubiane; se S.S.D.L não tinha muito a presença do pai e, em razão
disso, buscava afeto; que via Rafael (seu filho de 6 anos) chamando Caique de pai; então S.S.D.L chamou
Caique de pai também; que isso foi relatado a Nubiane; que conversaram sobre a hipótese de Nubiane
querer se relacionar com ele; que Caique lhe relatou que Nubiane costumava dar em cima dele; mas que
nunca percebeu nenhum tipo de assédio de Nubiane em relação a Caique; que tem certeza que Caique é
inocente.
A TESTEMUNHA JOÃO PAULO SIMPLÍCIO, arrolado pela defesa, afirmou que presenciou
uma conversa entre Caique e Nubiane; que trabalha no Supermercado Castanha e, em certo dia, em tal
local, presenciou Nubiane se aproximar de Caique e o abraçar de um jeito estranho; que Nubiane lhe disse
¿oi Caique lembra de mim?¿; que Caique se esquivou; que Nubiane teria dito a Caique ¿se você não ficar
comigo vou acabar com sua vida¿. Que o declarante é amigo de Caio, irmão de Caique; que tal relação de
amizade com Caio existia há alguns meses. Que não conhecia Nubiane antes dos fatos; que só
reconheceu Nubiane quando foi dar seu depoimento; que não deu a declaração antes por não saber da
prisão de Caique.
A TESTEMUNHA, informante LIDIA SANTOS DA SILVA; sogra de Caíque
informou que CAIQUE é uma pessoa de bem; que tem certeza de sua inocência; que CAIQUE costumava
frequentar a igreja, onde cantava hinos; que sua filha costumava relatar que S.S.D.L e Enzo, filho de
Caique, continuavam brigando pela bicicleta; sobre a declaração que deu sobre Nubiane ter desejo por
Caique disse que onde mora só tem dois cômodos, que um dia chegou de tarde do mato, sem Nubiane
saber e ouviu Nubiane chamar Caique para dar uma volta no motel, que Caique não aceitou; que Nubiane
tinha uma relação complicada com o marido e dava em cima de Caique para fazer ciúmes para o marido;
que não prestou depoimento antes por achar que Caique seria solto logo, não sabia que ele ficaria preso
tanto tempo.
O réu CAIQUE FERNANDES LIMA, durante o seu interrogatório judicial, declarou que é
uma pessoa de Deus que sempre procurou o melhor para sua família; que soube da acusação por sua
esposa; que pensou em ir ao hospital onde a criança estava fazendo exame; que trabalhava de manhã e
de tarde; que no dia dos fatos teve que corrigir o comportamento das crianças e acredita que por tal razão
a criança o acusou; que a expressão coque, que usou para descrever o corretivo que deu nas crianças,
¿croque¿, foi para descrever que pegou as crianças pelos braços e dar uma cutucada na cabeça da
criança; que não falou para sua esposa sobre o comportamento de Nubiane por medo da reação de sua
mulher; que Nubiane dava muito em cima dele, mas ele ignorava, e preferia não contar para sua esposa.
Que cuidava de S.S.D.L da mesma forma que cuida de seus filhos; que S.S.D.L costumava bater em seus
filhos e que a corrigia de maneira adequada; que não sabe de outro motivo para que a vítima tivesse raiva
dele; que no momento em que a polícia foi prendê-lo Nubiane estava junto; que nesse momento Nubiante
chegou perguntando por que ele tinha feito aquilo; que ficou sem ação diante dos gritos de Nubiane; que
ela questionou em seu ouvido ¿por que ele não ficou com ela?¿ e ¿acabei com sua vida¿. Que Nubiane já
o havia ameaçado antes. S.S.D.L já havia o chamado de pai, por ver sua boa relação com seus filhos. Que
falou para sua mulher explicar a situação para não ter problemas com o pai da criança. Que conversou
com sua mulher na cadeia e disse a ela que nunca se relacionou com Nubiane; que Nubiane tinha uma
relação de idas e voltas com o marido. Que em certo dia Nubiane o convidou para ir a um motel. Que